Nesta segunda-feira (27), o delegado Fernando Vieira, da Polícia Civil, concedeu entrevista ao Portal Click da Notícia para detalhar as ações de combate aos falsos corretores de imóveis que exercem a profissão de maneira ilegal. De acordo com o delegado, os casos chegam até a Polícia Civil por meio de ofícios enviados pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), responsável pela fiscalização do setor.
“O CRECI identifica esses casos, muitas vezes nas redes sociais, onde pessoas se auto-intitulam corretores, anunciam vendas ou locações, mas não possuem registro no Conselho. Eles nos encaminham provas como prints e documentos, e então iniciamos a investigação no setor de Termos Circunstanciados,” explicou Vieira.
Mais de 60 investigações já concluídas
Desde o início das ações, a Polícia Civil já concluiu entre 50 e 60 procedimentos investigativos relacionados à prática ilegal da profissão, com outros casos ainda em andamento. Segundo o delegado, o número tende a crescer, pois semanalmente novas denúncias chegam ao conhecimento da polícia.
“As investigações apuram se as pessoas praticaram atividades típicas de corretores, como intermediação de compras, vendas ou locações, sem o devido registro no CRECI. Essas práticas configuram contravenção penal, com pena que pode variar de 15 dias a 3 meses de prisão simples,” destacou.
Imobiliárias também podem ser responsabilizadas
Além das pessoas físicas que atuam ilegalmente, o delegado apontou que algumas imobiliárias têm sido investigadas por incentivar ou não coibir a atuação de falsos corretores. “Já identificamos casos em que imobiliárias permitem que indivíduos sem registro atuem, o que também gera responsabilidade. O CRECI e a Polícia Civil estão atentos a essa prática,” afirmou.
Como identificar um corretor regularizado
Para evitar prejuízos financeiros e problemas contratuais, o delegado Fernando Vieira recomenda que a população sempre verifique se o profissional é credenciado. “É simples: peça o número de registro no CRECI e consulte no site oficial do Conselho. Um corretor de verdade terá uma carteirinha e passará por formação técnica, o que garante a segurança da transação,” orientou.
Vieira também ressaltou que a prática ilegal pode prejudicar imobiliárias que atuam corretamente, além de gerar insegurança jurídica para os clientes.
Denúncias podem ser feitas diretamente ao CRECI e à Polícia Civil
A população que identificar falsos corretores pode denunciar diretamente ao CRECI ou à Polícia Civil. O delegado reforçou a importância de formalizar as denúncias, já que isso contribui para a continuidade das investigações e a responsabilização dos infratores.
“Nós temos uma parceria sólida com o CRECI e o Ministério Público para garantir que esses casos sejam apurados e encaminhados ao Judiciário. É uma ação conjunta para proteger o mercado imobiliário e os consumidores,” finalizou.
O combate aos falsos corretores é uma pauta prioritária, e a Polícia Civil segue monitorando a situação para evitar novas ocorrências na região e em outras localidades.
Assista a entrevista completa:
Redação clickdanoticia.com.br